Mesmo que detrás da janela
Posso ver, escondido entre a cortina,
A moça que passava ali,
Da metade da rua até a dobra da esquina.
Quero ver a ti,
Moça tão estonteante,
Dê a mim só mais essa chance,
Tire da sua bela face
Esses teus cabelos esvoaçantes,
Sei que não tenho a coragem
De lançar um olhar direto,
Mas não pude deixar de notar
Este seu vestido tão indiscreto.
Esquece que sou só mais um
Que te olha com grande desejo,
E fora do meu pensamento, com todo meu medo exposto,
Só lhe pediria um inocente beijo no rosto.
E gostei de olhar-te por tão pouco tempo
Que esperando sua volta fico triste e sento,
Espero vê-la de novo,
E não me ache um considerável estorvo,
Pois, escondido, estou a admirar
Sua indubitável,
Inexplorável,
Beleza intocável,
Inacessíveis, até mesmo previsíveis,
Tão perfeitas e maravilhosas curvas,
Moça... que passa na minha rua.
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