sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ela estava usando um lenço vermelho amarrado no pescoço

Era talvez uma noite de sábado,
Não tenho certeza, só sei que devia ser um sábado,
Seco, sem lua, mas com um céu estrelado,
E surge ela, na esquina da parede da sala,
Mais radiante do que o normal, das vezes que a imaginei,
Algo estava diferente...
Sorrindo sem mostrar os dentes,
Sua pele quase dourada,
Ela usava uma saia verde rodada,
Uma regata branca que destacava seu corpo e lhe dava um ar despojado,
E no pescoço ela tinha...
Um lenço vermelho amarrado.
Saímos correndo,
Ela pulava e dizia sorrindo a vida que para ela sonhou,
Do mesmo jeito eu cantava músicas que achava que com ela tinham algo em comum,
Enquanto ela fazia suas juras de amor.
Depois nós caímos sob a árvore onde eu já havia colocado um colchão,
Esfregando os narizes dissemos que éramos apenas um.
Então ela assoprou minha cara, disse alguma coisa sobre o seu coração,
E eu acordei,
De algo que não sei se vivi ou sonhei.

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