Rapaz, que viagem.
Eu andei de bicicleta,
Andei em esteira, fui poeta de banheiro,
Nas palavras fui certeiro, sem nenhuma indireta,
Mesmo assim, que coisa triste, era coisa de novela.
Era coisa de novela porque ao certo não existiu,
Era coisa tão real mas quem eu queria não sentiu,
Era tão real para mim, mas que coisa, nem me viu.
Eu achei que estava certo, eu achei que estava bom,
Recontando meus sorrisos deu ao menos um milhão,
Onde foram parar eles, onde foram, seu João?
Era coisa tão bonita, era coisa tão sonhada,
Era coisa de livrinho, bem escrita e bem contada,
Era coisa de sentir, eu e minha namorada,
Eu senti mas ela não, que tristeza desgraçada.
Sentimento tão perfeito que senti por minha amada,
Amaria por mil anos sua destreza desastrada,
Seu sorriso de palhaço que de tolo tinha nada,
Me fazia rir um tanto, um monte,
Que montanha de risada.
Que doce de menina,
Tão linda porém tão desejada.
Ela era tão, mas tão bonita, que podia até calar,
A mais linda do universo e ainda desbancar,
Todas outras menininhas que por elas também me fizeram chorar.
Isso começou há um ano ou dois, mas pra mim faz poucos dias,
As lágrimas que corriam não desciam e eram frutinhas,
As maçãs do rosto me subiam de tão sem graça que ficava,
Quando pensava que na festa outro tonto ela beijava.
Hoje eu não a amo, ou me engano e amo sim,
Deve ser platônico ou algo assim,
Era coisa de cinema,
E todo filme tem um fim.
Hoje eu parei pra ver um trem passar,
Parei também pra escrever sobre essa moça que me fez e faz sonhar.
Porém, pensei num termo,
Pesquisei e já existe,
Rapaz, eu não estava sonhando,
Eu estava pesadelando!
Pois olha, que final de sonho triste!
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