segunda-feira, 25 de abril de 2011

Inatingível

Sabe,
Eu pensava que aquele olhar era inatingível.
Inesperado, impossível, inalcançável.
A formação de um possível sim, porém, seria inevitável.
Inesperável, impossivelmente delicioso, alcançável.
Sentado numa folha de árvore,
Alguém fazia parte desse meu devaneio louvável,
Inimaginavelmente real, porém, dificilmente eu imaginaria algo mais lindo.
Sentado numa folha de árvore,
Eu sonhei o realizável.
Eu olhei a superfície dos seus olhos, eles brilhavam,
Miravam minha cara e tentavam te lembrar,
Do quê? Eu não sei,
Mas eles continuavam a brilhar...
Olhando para olhos perfeitamente beijáveis,
Encantado, a sua dança havia me deixado hipnotizado,
Porém, sua boca era também convidativa, satisfatória.
Qual beijei?
Aquilo que Sócrates já sabia, aquilo que ele só sabia que não sabia.
Mas ele não era o único a conhecê-lo.
Sentado numa folha de árvore, quase deitado,
Eu tinha até pensado que tudo estava certo.
Mas Deus, como eu estava errado.
Deitado numa folha de árvore,
Eu lembrava dos seus olhos brilhando.
Inconsequentemente cansado,
Porém, invisivelmente realizado.
Será?
Ou algo ainda estava faltando?
Deitado numa folha de árvore, chegou a hora,
Eu vi meus olhos se fechando.
Vi tudo passar ao meu lado, vi portas fechando e a garota saiu andando.
Caindo dessa folha de árvore,
Eu daria qualquer coisa pra só mais uma vez ver seus olhos brilhando,
Ver a história continuar, um futuro imprevisível,
Aquele seu olhar inatingível.

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