quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Baluarte

Pequenina atravessando a rua,
Aperta o passo e não pisa errado,
Cuidado com o carro apressado,
Dá a mão à sua mãe e vai à Lua.
Aqueles homens estavam mentindo,
Eles não nos deixam deixar a mente exposta.
Ignora, vai seguindo,
Faz do silêncio sua melhor resposta.
Querem repensar o mundo com um cérebro postiço,
Nos fazem ler um livro sem uma única página,
E se o homem for mesmo uma máquina,
O amor lhes parece um enguiço.
Às vezes o nada é conciso,
E o medo puro descarte,
Não sei se já lhe disseram isso,
Mas no seu sorriso eu enxergo
O meu mais pacífico baluarte.
Pequenina, voa,
Pede ao seu pai pra te deixar longe do asfalto.
Vira nuvem, princesinha,
Amanheceu e o Sol está alto.

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