quinta-feira, 10 de maio de 2012

Noite tonta

Mulher, apesar de suas infinitas medidas de qualidades em geral,
É a requintada bifurcação
Entre o fracasso total
E o riso sem opção.
Terminei pelo começo, ainda sem final,
E é assim que começo, pelo fim,
Fim meu, iniciado por mim,
Me vim vendo o vendaval
Que não mais há de surgir,
Agora que se foi o mal,
Depois que vi meu mal partir...
E hoje, nessa noite tonta,
O meu lápis, sem ponta,
Mira pra cima, não tem luar...
Nem céu tem pra rabiscar.
A vida será seu rio, e o tempo seu velejar,
E te mostrará muitas maneiras de não se molhar no mar.
Mas volta! Diacho,
Faz do riso meu riacho,
Do estranho, bem-estar...
Traz o ar, puro, e o semblante sereno de quem não quer pensar.
Mas não é por aqui que darei meu grito maior,
Não é de hoje que eu faço o que sei de melhor:
Melhorar.
Mulher é a requintada bifurcação
Entre o fracasso total
E o riso sem opção.
Lá volto eu pro começo, então...
Apesar de suas infinitas medidas de qualidades em geral.

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