O corpo caloso ainda me deixa existir.
Que o leite com mel seja mais que mero doce,
Que seja amargo ao provocar choro,
Mas que haja sentido de sentir.
Que eu seja o seu mel de adoçar,
E você o meu leite,
Que se deleite,
Sejamos um carrossel de rodar.
Gira
Em torno de si, e me ensina
A ser um planeta distante,
Me mostra com boca falante
Que nem tanta coisa no mundo fascina
Quanto esse instante.
Fomos tão longe que ninguém alcançou,
E pois é, pois somos, pois sou.
Que estejam todos na hora de ir,
Que, em momento afora,
Cantem em coro:
"Assim a vida fosse
Apenas um desfecho bom;
Se tudo que resumimos
Se prolonga aos mimos
De Yoko pra John.".
O carrossel já não roda e todos foram embora.
E assim, o corpo caloso cala sem consentir.
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