Deixa ver,
Me dá o casaco que estou atrasado
Pra sentar...
Pode ser o que ninguém gostava,
Passo nem do final da rua,
Não tem novidade alguma entre todas essas coisas novas,
Estão imóveis os garranchos das cartas.
Cascos retorcidos de antigas lagartas
São, para as borboletas, inéditas covas.
E na parede surge outro furo,
Nalguma teia de aranha tecelã.
Vai para lá o nosso retrato,
Para o pedaço limpo da parede
Que vê coisa no escuro.
A mesma garrafa de bebida sã
Continua cheia, e faz celibato
Junto com a sombra da rede,
Sobre algum céu impuro.
Me passa o de lã,
O de couro seco e duro,
Aquele de pele da cor da sua,
A mesma dos dias que eu estava
Louco pra te detalhar.
Anda, me traz um simples mesmo, aquele listrado,
Que vai chover...
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