por milhões de anos engarrafadas
querubins e místicos as ensaiaram
pra que elas coubessem nos meus folhetins
nos momentos em que desejei não sentir,
o suspiro quieto simplesmente não bastou
por isso me bateram lágrimas no rosto,
e é no meio do mundo que elas moram
me mandei bilhetes me contando tudo,
aparentemente, esqueci por querer
ouvi o caso esplêndido de um viés antigo,
não tiveram pena, mastigaram-me e cuspiram-me
ao voar, notava que por mim passavam
mil diversas garças do mais branco tom
nas suas asas não achei meu medo,
e em seus bicos me certifiquei:
que vida interessante,
e brindei com o amigo de ar
enquanto a mão pairava sem assento,
acenei de olho fechado; fui embora feliz
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